"Ganhar títulos no Benfica é o maior orgulho que tenho" 

O FutsalPortugal aproveitou a deslocação aos Açores para falar um pouco com Zé Carlos. O Guardião encarnado que renovou o seu contrato com o Benfica e por quem os responsáveis encarnados já transmitiram esperarem que acabe a carreira, no clube da luz. Eis a entrevista:

Este título conquistado tem algum sabor especial?

Quando é o último tem sempre um sabor especial, mas este ainda sabe melhor derivado a termos tido um ano atípico a todos os níveis. Temos de dar graças ao nosso grupo por termos conseguido esse feito, comentei com muitos colegas que este foi o título mais difícil da minha carreira.

Renovas-te por mais uma época com o Benfica, será a última da tua carreira?

Não sei, pode ser que sim, mas também pode ser que não. Tudo irá depender de como as coisas correrem durante o ano.

Os dirigentes do Benfica afirmaram desejar que termines a carreira no clube. Essa também é a tua vontade?

Claro que sim.

És um dos jogadores mais experientes do Benfica, qual o teu papel na integração dos jogadores mais jovens?

O João muitas das vezes coloca-me no quarto com esses miúdos, tenho um filho e por vezes penso que aqui no Benfica tenho mais 4 ou 5. O que tento transmitir-lhe é o saber estar no Benfica, para eles claro que é bom, mas é uma grande responsabilidade. É preciso fazer-los ver que estão a trabalhar com os melhores jogadores portugueses e se querem fazer do futsal a vida deles é bom que aprendam ao máximo com eles.

Quais os teus objectivos para o resto da carreira?

Espero continuar a ganhar e continuar a não ter lesões. Ganhar títulos no Benfica é o maior orgulho que tenho.

Nestes dias que passámos aqui nos Açores podemos observar que os jogadores andam sempre juntos. Esse tem sido um dos segredos do sucesso do Benfica?

Realmente os jogadores têm sido muito importantes. Temos tido muito bons treinadores, uma estrutura muito forte, mas principalmente este ano os jogadores tiveram um papel muito importante. Isto resulta dos problemas que já falámos. No nosso plantel temos 8 ou 9 jogadores que estão juntos há muito tempo. Eu passo mais tempo com eles do que com a minha família e naturalmente este espírito que temos conseguido manter é uma arma muito forte.

O Miguel Almeida confessava que não se vê uma discussão entre os jogadores. É mesmo assim?

É muito raro. Primeiro respeitamos-nos muito e tentamos ouvir a opinião de cada jogador embora por vezes existam pontos em que desacordamos, a amizade que existe entre os jogadores não permite que a discussão se alongue. Os problemas ficam logo resolvidos na hora.

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