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Adil Amarante ao Norte Desportigo.

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03-Jul-2005

Adil AmaranteA RESPOSTA DADA PELOS JOGADORES FOI EXCEPCIONAL.

A estreia de Adil Amarante à frente dos destinos do Benfica não podia ser mais vitoriosa com a conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal. Em entrevista a O NORTE DESPORTIVO, o técnico brasileiro passa em revista a época dos «encarnados» e explica que as vitórias não são obra do acaso nem as derrotas são resultado da falta de sorte.

Adil Amarante não teve medo de pegar numa equipa do Benfica desfalcada e desmotivada pelos resultados de 2003/2004 e aceitou o convite de Luís Moreira para com um plantel reduzido começar a trabalhar os princípios em que acredita. Com um sistema defensivo que diz ter sido implementado pela primeira vez em Portugal, o técnico chega ao final do ano com a conquista da «dobradinha» depois da vitória sobre o Sporting na final do Campeonato Nacional. Humilde, afirma que as vitórias e as derrotas não são obra do acaso e, por isso, defende que a competência é a mãe de todos os sucessos.

No início da época, com o plantel que lhe foi colocado à disposição, acreditava que o Benfica ia conquistar a «dobradinha» no final do ano?
Adil AmaranteSabíamos que o trabalho que teríamos pela frente ia ser muito grande, porque pretendíamos entrar com uma filosofia bastante diferente. Tentámos aproveitar o que de bom já vinha sendo feito nas épocas anteriores, mas cada treinador tem a sua filosofia de trabalho e acrescenta sempre um cunho pessoal às equipas que orienta. Por outro lado, sabíamos que a saída de jogadores importantes na manobra da equipa da época anterior ia ser bastante influente, principalmente, porque começámos a pré-temporada com um grupo de trabalho reduzido. Perante este cenário, até porque os jogadores que ficaram eram de bastante qualidade, só nos restou trabalhar muito e bem para alcançar os objectivos que a Direcção nos colocou que eram vencer a Taça de Portugal e o Campeonato.

Mas, depois de ter aceite o convite, em algum momento pensou que a aposta era arriscada?
Os jogadores que foram colocados à nossa disposição logo no início da época davam-nos garantia de realizar um bom trabalho. Foi em cima desses princípios que começamos a delinear o trabalho da época e a implementar o nosso modelo de jogo, principalmente, a nível defensivo porque queríamos colocar em prática um modelo que nunca tinha sido implementado em Portugal. A resposta dada pelos jogadores a nível de determinação e motivação foi excepcional e muito importante para alcançar estes êxitos todos.

Então, esteve sempre confiante.
Desde as primeiras entrevistas como treinador do Benfica que afirmei que queria ser campeão e vencer a Taça. Por isso, tinha a convicção que fazendo bem o trabalho era possível chegar com sucesso ao final da época. Por outro lado, a Direcção prometeu que em determinado momento da época iriam ser acrescentados jogadores ao plantel. O Pica-pau chegou logo nos primeiros meses e depois vieram o Micky e o Leandrinho que foram importantes porque acrescentaram alternativas a um grupo de trabalho que tinha qualidade mas era reduzido em número de opções. Por isso, foi importante o trabalho desenvolvido no início da época, porque tornou mais fácil a integração dos reforços.

Não é mais fácil para o treinador ter o plantel todo definido logo no início da época?
Para se implementar um modelo de jogo, conhecer melhor os jogadores e conseguir retirar o maior rendimento possível deles, é preferível iniciar a época com um plantel definido. Por exemplo, o Leandrinho foi um jogador que chegou bastante tarde e infelizmente não se conseguiu adaptar de forma a mostrar que é capaz de render muito mais do que fez. É um excelente jogador, mas o facto de ter chegado muito tarde e sem competição acabou por prejudicá-lo. Por isso, o ideal é começar com todo o plantel e se for preciso acrescentar que seja um jogador no máximo e numa fase decisiva da competição.

O campeão nacional, no ano de estreia do «playoff», foi também o vencedor da fase regular. O Benfica é um justo campeão?
Não acredito em injustiças nos resultados. As coisas acontecem de acordo com a nossa competência. As derrotas que tivemos não aconteceram por azar, mas porque nesses jogos não fizemos uma abordagem como devia ser feita a nível defensivo ou porque falhamos as oportunidades de golo que críamos. Em relação ao campeonato, é a mesma coisa..

Que balanço faz do novo sistema de competição?
Fui sempre um defensor da introdução do «playoff», porque ficou provado este ano que no «playoff» o ritmo competitivo é outro e os níveis de ansiedade da competição aumentam, originando jogos mais intensos e de melhor qualidade. O que não concordo é a forma encontrada para definir o vencedor da eliminatória. O primeiro jogo deveria ser em casa do melhor classificado e não é necessário que tenha de existir um vencedor em cada jogo. A equipa melhor classificada deveria poder fazer o primeiro jogo na sua casa porque estaria a gozar da vantagem que adquiriu na fase regular, enquanto o apuramento deveria ser feito por pontos, ou seja, um empate e uma vitória dava o apuramento. Do ponto de vista competitivo, acho que o «playoff» veio em boa hora.

 

APOIO DOS ADEPTOS FOI FUNDAMENTAL

Como decorreu a adaptação a um clube como o Benfica, depois de passagens pela Académica, instituto e Pombal?
Adil AmaranteO meu objectivo desde que cheguei a Portugal era o de retomar o trabalho profissional que vinha desenvolvendo no Brasil, por isso a minha expectativa em relação ao Benfica era grande porque existe uma maior facilidade de trabalhar quando se tem as condições que o Benfica oferece. É evidente que precisei de me adaptar às novas condições que me foram oferecidas, porque o facto de ser profissional permite que possa pensar, elaborar e executar novas jogadas e sistemas de jogo. Foi o que aconteceu com o modelo defensivo que utilizamos que foi uma adaptação de outros que já conhecia.

Mas, a pressão de jogar sempre para ganhar não foi inibidora em alguns jogos?
Não. No Benfica, seja no futsal, no futebol, no andebol ou outra modalidade há sempre a pressão de jogar para ganhar. Não há hipótese de pensar de outra forma e é uma pressão inerente ao cargo que se ocupa. Tivemos sempre o apoio da massa associativa do clube mesmo quando perdemos, como foi o caso no Freixieiro, e nos jogos do «playoff» com o Alpendorada e o Olivais. O apoio dos adeptos foi fundamental para chegáramos ao título nacional.

Não se livrou de criticas quando colocou em causa a postura defensiva que algumas equipas utilizaram quando jogaram com o Benfica. Foi acusado de se ter esquecido dos tempos em que treinava o Pombal. Revê-se nessas críticas?
De maneira nenhuma. Reconheço que por vezes é difícil a uma equipa mais fraca conseguir sacudir a pressão das mais fortes, mas no Instituto e depois no Pombal nunca coloquei as minhas equipas no ferrolho e a jogar em contra-ataque. Quando isso acontecia tentava sempre que a minha equipa subisse as linhas defensivas. As minhas criticas vão para algumas equipas de primeira divisão que estando a perder não mexem um centímetro nas suas linhas defensivas e não tentam buscar a vitória. Por outro lado, acho que a preocupação dos treinadores em Portugal deveria ser a de criar as melhores condições para que o seleccionador nacional tivesse várias opções para convocar e não me parece que se queira uma Selecção Nacional a jogar como se fazia há 20 anos atrás. A forma de fazermos isso é trabalhar de maneira arrojada e procurar soluções para contrariar a superioridade do adversário. Não é a defender a frente da nossa baliza que estamos a contribuir para o crescimento do futsal. Isso é retrógrado. O Benfica perdeu por oito com o Boomerang e quatro com o Carlos Barbosa porque estando a perder tentou ganhar o jogo buscando outras soluções. Se a maioria das equipas continuar com a mentalidade de perder por poucos como é que podemos cobrar resultados à Selecção Nacional?

 

A PRIORIDADE É MANTER A HEGEMONIA INTERNA

O Benfica vai ser orientado pelo Adil Amarante na próxima época?
Tenho contrato por mais dois anos e penso que é para cumprir. Agora, depende da vontade das pessoas que dirigem o clube em que eu continue e também que me sinta útil. Se sentir que estou a mais também me vou embora. No entanto, enquanto a Direcção achar que sou o treinador ideal para continuar nesse projecto não há razão para abandonar.

A fasquia que esta a ser colocada pela Direcção para a próxima época, o título europeu, não é demasiado alta?
São essas questões que muitas vezes fazem com que se entre numa época com o grau de exigência demasiado alta e depois não se consegue atingir na totalidade. Depois de conversar com colegas que treinaram no Action 21, da Bélgica, cada vez tenho mais a noção que o objectivo principal dever ser vencer a nível interno porque isso permite estar a jogar na Europa no ano seguinte. Vamos trabalhar e planear a época dentro das possibilidades da equipa com o objectivo de lutar pelo título europeu, mas, apesar de não ser impossível, sabemos que é difícil. A prioridade é manter a hegemonia interna e tentar vencer a nível internacional.

Depois da «dobradinha» no futsal português, a Selecção Nacional passa a ser uma hipótese para a seu futuro?
A Selecção Nacional é para treinadores que têm uma capacidade de trabalho maior que a minha, principalmente, para aqueles treinadores que têm nível quatro. Eu sou um treinador sem nível. Eu já me coloquei à disposição de qualquer colega para auxiliar no trabalho, mas assumir uma responsabilidade dessas é só para treinadores com nível.


CONVITE ERA IRRECUSÁVEL E ACRESCENTOU MATURIDADE

A participação do Benfica na Taça Intercontinental não poderia ter colocado em causa a prestação da equipa no Campeonato Nacional?
Adil AmaranteNo início da época a Taça Intercontinental não estava no nosso planeamento, mas como é uma competição com dimensão internacional e prestigiada, o convite era irrecusável. A Taça Intercontinental acrescentou mais maturidade à equipa, porque tivemos a oportunidade de jogar a um nível competitivo muito alto e já deu para termos uma noção do que nos falta para chegar a esse nível.

As derrotas com o Boomerang Interviú e o Carlos Barbosa significam que ainda há um longo caminho a percorrer?
Há uma série de factores que interferem neste tipo de jogos internacionais e uma delas é a falta de competitividade interna. Se analisarmos a última época e a prestação da Selecção Nacional, no Mundial e no Europeu, do Sporting, na UEFA CUP, e do Benfica, na Taça Intercontinental, chegamos à conclusão que todos perderam por pormenores – golos sofridos de bola parada, períodos curtos de desconcentração – que contra as grandes equipas não podem acontecer. Esses detalhes só podem ser corrigidos se jogarmos a um nível mais alto e uma das coisas que temos de melhorar é saber lidar com a pressão ou a responsabilidade de jogar bem este tipo de competições.


José Túlio
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Comentários
Obrigado Sr. Adil!
Escrito por Aguia_Misteriosa em 2005-07-03 23:16:15
Obrigado Adil Amarante! Soubeste tirar o melhor de cada jogador. Soubeste mante-los com força para lutarem pela vitória, com humildade, com responsabilidade, como também a terem concentração e terem respeito pelo adversário. Sr. Adil Amarante o caschecol da casa do Benfica da Bairrada na fotografica fica-lhe mesmo bem... Um abraço e continue a pôr os rapazes sempre no caminho da vitória.
o Adil é que sabe
Escrito por Solnado em 2005-07-03 22:37:45
Que me perdoem os jogadores, tambem eles heróis, mas 50% deste titulo é deste homem que é um treinador fantástico. Obrigado Adil.

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