Micky de Oliveira, pivot, 29 anos, brasileiro. As referências com que chegou ao clube da Luz eram pouco mais do que estas antes de envergar a camisola 9 do Benfica e com ela começar a facturar.
A discrição mantém-na, este atleta que veio da II Divisão espanhola para o mais alto escalão português. Com a média de um golo por jogo no Campeonato, o brasileiro prefere sublinhar a rápida adaptação que lhe foi proporcionada no Benfica, onde quer continuar a somar títulos à Taça conquistada no último fim-de-semana.
Chegou ao Benfica em Janeiro passado. Porque é que decidiu aceitar a proposta e que conhecimento tinha do clube?
Eu tinha mais um ano de contrato com o Guadalajara mas foi-me feito o convite pelo Luís Moreira e resolvi aceitar por se tratar de um grande clube. No ano passado, eu já estava na Espanha e assisti à final da UEFA Cup em que o Benfica participou frente ao Boomerang. E vi pela torcida o que era esse clube, como se viu no domingo. Só quem está por dentro sabe o que é o Benfica. Também conheci grandes jogadores que passaram por aqui e que me diziam que era uma instituição de respeito, com grandes jogadores e uma grande directoria.
Como é que a época lhe tinha corrido até então?
Estava a correr muito bem. Mas como o Benfica é uma grande equipa, um “time de camisa”, como costumamos dizer, surgiu a vontade de mudar um pouco.
Esteve na II Divisão espanhola. O que é que lhe parece o campeonato português?
O campeonato de cá se parece muito com o do Brasil. Joga-se um Futsal mais trocado, mais corrido, há mais contacto, os árbitros deixam rolar mais o jogo. Em Espanha é muito diferente. É, sem dúvida, a melhor Liga do Mundo. Joga-se um Futsal mais parado, mais táctico. É totalmente diferente.
Como é que correu a sua integração no plantel do Benfica?
Eu fui recebido de braços abertos por toda a gente aqui e por isso a minha adaptação foi tão rápida. Se assim não fosse, é muito difícil para qualquer jogador conquistar títulos ou trabalhar bem.
Já tem 10 golos marcados em 10 jogos que realizou. As coisas estão a correr melhor do que pensava?
Num clube assim é muito difícil uma adaptação rápida. Se não me tivesse integrado tão bem não teria sido possível. Mas os golos não significam muito se não se jogar bem, se não se ganharem títulos e isso é o que quero no Benfica.
Quando chegou à Luz disse-se surpreendido com as instalações do clube. O que é que o surpreendeu mais no Benfica?
Quando cheguei o Luís Moreira apresentou-me tudo. As instalações, a estrutura, o clube…e tudo isso me impressionou. O Benfica é um clube de Futebol de 11, e normalmente esses clubes não pensam no resto e aqui não. O Futsal é muito importante no clube.
O momento mais marcante até agora, na sua passagem pelo Benfica, foi a conquista da Taça no passado fim-de-semana, na qual contribuiu aliás com dois golos?
Sim, foi o mais marcante. Esse título vai ficar na história do Benfica, na dos atletas e na minha também, claro. Porque somos nós, atletas quem escreve a história dos clubes. Agora queremos o Campeonato. Todo o plantel pensa, neste momento, que tem condições para ganhar esse título. E estamos concentrados nesse sentido.
E é no Benfica que pretende continuar?
Eu tenho mais dois anos de contracto e, sim, a minha ideia é essa.
Já conhecia alguém do plantel encarnado?
Sim, porque joguei pela Selecção brasileira e já tinha jogado contra o Nélito, o André Lima, também o Pedro Costa e o Zé Maria.
Como é que é o seu dia-a-dia em Lisboa?
Passo muito bem aqui os meus dias. Só tenho pena de não ter a minha família comigo. Vivo no mesmo prédio que o Leandrinho e é com ele que passo praticamente o tempo todo.
Por que clubes passou e quais foram os momentos mais importantes da sua carreira?
Eu estive no Corinthians, por quem venci o campeonato estadual paulista; passei pelo ULBRA, pelo Carlos Barbosa, onde venci a primeira CONMENBOL, estive na Malwee, no Vasco da Gama onde venci a Liga Nacional de Futsal, joguei também pela Selecção onde venci um Mundialito e, agora, estou no Benfica, onde já consegui uma Taça de Portugal.
Filipa Silva
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Fonte: futsal.com
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