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 Culminando uma semana de mudança, o futsal regressou às vitórias para o campeonato.
Novidades
Este Sábado marcou a estreia de Beto Aranha no banco do Benfica. Marcou também o regresso.
à competição de Bebé, que jogou toda a segunda parte. Depois do desaire da semana passada, só a vitória interessava nesta partida, de modo a não deixar aumentar a margem para o líder e não deixar que os perseguidores se aproximem do Benfica.
Início repartido
Sem novidades no cinco, o Benfica entrou mais dominador na partida, mas cedo se viu que ia encontrar alguns problemas na hora de finalizar. Em primeiro lugar, o jovem André Sousa, autor de uma boa exibição. Em segundo lugar, a tarde de desinspiração de alguns dos melhores finalizadores do Benfica, como Ricardinho, André Lima e César Paulo. Desde cedo que Ricardinho começou a travar o duelo particular com André Sousa, com o guarda-redes visitante a levar invariavelmente a melhor. Já com ambos os treinadores a rodarem por completo as suas equipas, o Instituto conseguiu quase de seguida as suas três melhores ocasiões de golo da partida, com Zé Carlos a responder bem, travando os intuitos de João Castro, Nino e Ruizinho.
Golo natural
Pouco depois da última chance do Instituto, o Benfica adiantou-se no marcador. Numa das raras vezes em que os pupilos de Nuno Dias foram passivos na sua defesa, a pressão logo à saída da área contrária por parte de André Lima e César Paulo deu frutos, com o pivot a roubar a bola e assistir Gonçalo Alves, que à entrada da área desferiu um remate rasteiro, forte e colocado sobre o lado direito de André Sousa, sem hipóteses de defesa. Nos restantes minutos até ao intervalo, só deu Benfica, embora não tenham surgido mais golos. Como já foi dito, ora por errar na finalização, ora por André Sousa, que só neste período final da primeira parte, e só a Ricardinho, negou o golo por quatro ocasiões
Marcar para tranquilizar, gerir marcando
 Para a 2ªparte (com troca de guarda-redes no Benfica), a intenção deixada bem cedo era de marcar mais um golo, de modo a tranquilizar de vez a equipa. Sem entrar num regime desenfriadamente ofensivo, o Benfica continuou sempre em cima do seu adversário, o golo por isso não espantou. Iam decorridos 23 minutos, Arnaldo fugiu pela esquerda, tabelou com Ricardinho e desviu a bola de André Sousa. Pouco depois, ia sendo a retribuição, com a nova tabela entre os dois alas a terminar com remate de Ricardinho à figura. Beto Aranha aproveitava então para fazer descansar os jogadores chamados à Selecção, que tiveram menor tempo de utilização nesta partida do que nas últimas. Ainda assim continuava a ser o Benfica sempre mais perto do golo, Bebé só intervia no jogo em atrasos dos seus colegas ou em lançamentos de baliza, com o 3-0 a surgir a meio da segunda parte. Tudo começou num lance onde André Lima ganhou ao despique com João Castro, tendo em seguida sido derrubado por este, a menos de um metro da área. Na marcação do livre, André assistiu o solto Gonçalo Alves, que ao segundo poste só teve de atirar para o golo
Emoção na Luz
Dois minutos volvidos o terceiro golo, João Castro viu o segundo amarelo por cortar um lance com a mão e foi expulso. Com mais um jogador, o Benfica não marcou por mera infelicidade. Primeiro Pedro Costa acertou no poste, mais tarde André Lima falhou na cara de André Sousa. Acabou por ser depois de o Instituto estar novamente com 5 elementos, e também depois de André Lima despediçar mais uma soberba ocasião de golo, que chegou o 4-0. Em lance recorrente durante a partida (André Sousa procurou muitas vezes surpreender os guarda-redes do Benfica em pontapés longos), Bebé viu André Sousa muito preocupado com César Paulo, sem marcação à entrada da área, e desferiu um remate na direcção da baliza, que sobrevoou César Paulo e André Sousa, entrando na baliza. Grande festa no Pavilhão, grande festa de Bebé, que mais de 8 meses depois da final do play-off (o seu último jogo oficial), regressou à baliza... marcando um golo!
Acertos finais
Nos últimos cinco minutos, o Instituto ainda tentou reagir com Ruizinho como guarda-redes avançado, estratégia rapidamente abandonada. Pouco depois a opção passou por ser André Sousa a subir na quadra, também sem efeitos práticos. E a expulsão de Valter Ribeiro, segundo amarelo depois de carregar César Paulo, viria a originar mais um golo para o Benfica. Antes do golo, destaque para um lance em que João Marçal rematou três vezes para três defesas de André Sousa, duas delas com a cara. Esta coragem valeu ao jovem guardião uma lesão na face, que o obrigou mesmo a sair. Quase a chegar ao derradeiro minuto, e ainda em superioridade numérica, João Marçal recuperou rapidamente a bola bem perto da área visitante e serviu Gonçalo Alves, que fechou a tarde com um hat-trick, e dando a mão cheia de golos à estreia do novo técnico. Vitória irrepreensível do Benfica, que podia ter tido outra expressão.
Declarações
Após a partida, Nuno Dias referiu que na 1ªparte a postura do Instituto valeu-lhe ir "equilibrando a partida, sobretudo devido à concentração defensiva". Na 2ªparte o técnico visitante apontou a superioridade do Benfica como "clara", para "uma vitória justa, embora por números exagerados". Zé Maria mostrou-se muito contente pelo facto do Benfica não ter sofrido golos, respondendo assim a quem tem criticado a equipa por sofrer muitos golos. Referiu ainda que dois treinos ainda são pouco, mas que de dia para dia "a equipa vai assimilando o que o novo técnico pretende". Para terminar, Beto Aranha mostrou-se satisfeito com uma "grande estreia, frente a um adversário bem organizado". Realçou ainda a importância que Zé Carlos teve na primeira parte, congrantulando-se também pelo facto de a equipa não ter sofrido golos, referindo que "a defesa do Benfica tem de melhorar, para se poder controlar o jogo, partir para o golo sem perder a cabeça". Falando dos seus objectivos mais imediatos, Beto Aranha mostrou-se "satisfeito com a qualidade do plantel", sentido os jogadores "preparados para a mudança. Resignado por nas próximas três semanas ter pouco tempo para treinar todos os seus jogadores, devido à actividade da Selecção, referiu que neste momento o trabalho que se pode fazer é muito "baseado no estudo do próximo adversário". O novo treinador apontou assim o período após o fim dos compromissos internacionais como o tempo certo para "recuperar físicamente os jogadores" e começar a preparar a equipa como pretende, de modo a estar a postos para o play-off.
Ficha do Jogo:
Campeonato Nacional FutSagres 2007/8 – 20ªJornada
SL BENFICA 5 – 0 INSTITUTO D.JOAO V (1-0 ao intervalo)
Pavilhão EDP, cerca de 700 espectadores
Árbitros: Rui Pinto e Hélder Carmo
Benfica: Zé Carlos (Bebé (1)); Zé Maria, Pedro Costa, Arnaldo (1) e Ricardinho. Gonçalo Alves (3), Miguel Almeida, André Lima (cap), César Paulo, João Marçal e Ricardo Pereira.
Treinador: Beto Aranha
Instituto: André Sousa (Pascal Pimentel); Valter Ribeiro, Mica, Miguel Silva e Mourão; Roger, João Castro, Nino, Andrezinho, Ruizinho e Ricardinho.
Treinador: Nuno Dias
Disciplina: Cartões amarelos a Bebé e Gonçalo Alves; João Castro (2) e Valter Ribeiro (2). Cartão vermelho a João Castro e Valter Ribeiro.
Marcha do marcador: 1-0 Gonçalo Alves (12‘); 2-0 Arnaldo (23‘); 3-0 Gonçalo Alves (30); 4-0 Bebé (35'); 5-0 Gonçalo Alves (38').
Autor: Ricardo Solnado.
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