Passou mais uma jornada do Nacional, com muito para contar. Para começar o adiamento de 3 partidas devido à chuva/humidade, prova que a maior parte dos pavilhões já estão ultrapassados ou não têm condições para um campeonato cada vez mais competitivo.
Ainda assim, salva-se o bom senso e responsabilidade das pessoas que impedem que os espectáculos decorram em condições inseguras para os atletas.
Com o adiamento do Freixieiro-Sporting, o Benfica acaba por ganhar no passado fim-de-semana 3 pontos a todos os seus mais directos rivais, o que depois de dois dissabores, não deixa de saber muito bem.
O jogo com o Belenenses bateu todos os recordes de audiência desta época em termos de Campeonato, o que prova a expectativa e a importância que esta partida tinha. E quem ganhou, e muito bem, foi o Benfica. A ganhar desde os primeiros segundos, sempre na frente, a vitória foi apenas beliscada por algumas falhas de concentração imperdoáveis dos atletas do Benfica, mas que ainda assim não custaram os três pontos.
Hoje ocorreu-me falar de fair-play, já que até foi um treinador do Belenenses que ficou célebre com a frase “O fair-play é uma treta”. Penso que isto se aplica claramente ao que passou nesta partida. Se é muito importante saber ganhar, não menos importante é saber perder. E o Belenenses não soube perder. Nos dias imediatos a seguir ao jogo foi um chorrilho de críticas e lamentações, algumas insinuações e queixas, algumas com razão, outra sem razão nenhuma. Reclamam do lance do segundo golo do Benfica, cuja avaliação do árbitro foi clara. Marcou a primeira falta da jogada, “jogo perigoso” do atleta do Belenenses. Mas pronto, não convinha nem ao Belenenses, nem ao rei dos “comentadeiros” que prontamente tentaram manipular a opinião pública menos atenta a estes pormenores.
Mas o que mais me chamou a atenção pela negativa, foi a “confusão” que se instaurou no fim da partida. No fundo foi só o culminar daquilo que se ia prometendo durante o jogo (foram várias testas encostadas, mãos na cara…), cenas lamentáveis que tiveram origem na “temperatura” do jogo, e que talvez tenham sido o reflexo da falta de hábito de certos elementos da secção no que diz respeito a estar entre os primeiros, pois foram vários os momentos em que procuraram menosprezar o Benfica e os seus atletas, nem que fosse em jogos de pré-temporada ou torneios particulares com mais de metade da equipa do Benfica a representar Portugal, ou claro está, durante a partida do passado sábado. Dos mais exaltados naturalmente se destacaram os mais activos durante a partida em picardias com jogadores, respostas para a bancada, atitudes “contra fair-play”. Da bancada veio também uma claque que passou a segunda parte mais preocupada em insultar o Benfica e os seus jogadores, do que apoiar o Belenenses. E quanto a agressões na confusão final, houve claramente, à minha frente e da dupla de arbitragem, um pontapé de Maté em Ricardinho, que foi muito bem punido com o cartão vermelho. É que depois é desagradável abrir um jornal diário de tiragem nacional na segunda-feira e ler declarações depreciativas e acusadoras em relação a um jogador do Benfica. Porque mesmo que sejam verdade (admito, não estava a olhar tão fixamente que possa descrever com exactidão tudo o que se passou), caem por terra ao tentar fazer desculpabilizar um jogador que efectivamente, deu um pontapé no seu adversário.
Estou convicto que as pessoas dos dois clubes são experientes e saberão encarar da melhor maneira estes acontecimentos, provando o Benfica que está neste Campeonato para o ganhar, provando o Belenenses que agora também está para o ganhar. Mas antes de saber ganhar, há que saber perder. E a animosidade estará sempre presente: Benfica e Belenenses nunca se gramaram muito, e os adeptos do Benfica nunca gostaram de ser segundos. Daí o que o primeiro seja o maior rival, até esse posto pertencer ao Glorioso. Assim sendo só me resta concluir que a treta do fair-play é mesmo isso, uma treta, e não há volta a dar.
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